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José Pires Alvim

Descendente direto de Jerônimo de Camargo, fundador de Atibaia, nasceu em 30 de março de 1902. Era filho do Major Juvenal Alvim e de dona Gertrudes Pires de Camargo. 

Em 1910 iniciou seus estudos no Grupo Escolar José Alvim1, que fora construído e inaugurado em 1905 por idealismo de seu pai e avô. Fez cursos preparatórios em Atibaia, sob a orientação do Monsenhor Kohly e do Professor Arruda, entre outros, que se destinavam à preparação para os exames de admissão aos cursos ginasiais. 

Ingressou em 1915 no Colégio Arquidiocesano de São Paulo, onde se formou em 1919, com distinção. Já revelava nessa época uma bondade extremada, sendo benquisto e estimado por todos os colegas e professores. 

Concluído o Ginasial em 1919, abandonou os estudos formais para se dedicar às atividades ligadas ao comércio, regressando à sua terra natal. Seu primeiro empregador foi seu próprio pai, que possuía uma Beneficiadora de Café, da qual Zezico Alvim se tornou comprador e vendedor. Dedicou-se a essa atividade durante toda a sua existência, tendo sido um grande orientador e financiador dos cafeicultores da região. 

Casou-se em 1924 com Rita Lourdes Cardoso de Almeida, de tradicional família paulista, filha de Thomas Cardoso de Almeida e de Rita Franco Cardoso de Almeida. Rita Lourdes era professora formada pela Escola Normal do Brás, em São Paulo, na turma de 1921. 

Em 1932 participou da revolução Constitucionalista, como expedicionário, recebendo medalha por sua valorosa atuação. 

Em 1936 é eleito, pela primeira vez, vereador à Câmara Municipal de Atibaia, ocupando o cargo de Presidente para o biênio 1936 a 1937. 

Recusou a indicação de sua candidatura a Deputado Estadual. Em sua vaga indica e apóia seu irmão Joviano que foi eleito Deputado Estadual da Primeira Constituinte. 

Nas eleições realizadas em 9 de novembro de 1947 foi eleito vereador à Câmara Municipal de Atibaia como segundo candidato mais votado de seu partido (PSD). 

Nas eleições realizadas em 1952 é reeleito vereador, tendo sido o candidato mais votado, com 335 votos, e aclamado Presidente da Câmara Municipal de Atibaia, para o biênio 1952 e 1954. 

Em 1956 reelege-se novamente a vereador. Em 1959 participa, pela última vez, das eleições pela coligação PR – PSD, candidatando-se e recebendo votação expressiva para desempenhar, com dedicação e lisura, o honroso mandato de vereador para o período de 1960 a 1963. 

No ano de 1963 deixa a carreira política e passa a dedicar-se em tempo integral às obras assistenciais e aos carentes. Não se pode esquecer, também, de sua valiosa colaboração na manutenção das tradições folclóricas regionais e à cultura de modo geral. 

Como artesão da caridade, empregou-se diariamente em atividades filantrópicas, beneméritas e sociais, que resultaram em grande benefício para aliviar as dores e os sofrimentos dos mais necessitados: 

  • Irmão Benemérito da Santa Casa de Misericórdia de Atibaia. Foi seu Provedor durante vários anos. Dedicou-se a essa Irmandade, com muito amor e desprendimento, por quarenta e seis anos. Doou, juntamente com seu irmão Joviano, a Capela de São José (Capela da Santa Casa) e uma casa de aluguel, cujos rendimentos servem para a manutenção da Irmandade. Foi, também, autor do projeto e muito colaborou na execução das obras de ampliação e construção do Hospital São José que hoje integra a Santa Casa de Misericórdia de Atibaia; 

  • Foi um dos fundadores da Vila de São Vicente de Paulo, em 1930, entidade de amparo aos idosos carentes; 

  • Realizou, durante 50 anos consecutivos, o famoso Leilão de São Sebastião que acontece todos os anos no dia 20 de janeiro e cujos benefícios monetários são revertidos à Paróquia de Atibaia; 

  • Fundou, em 1925, a Banda de Música de Atibaia mantendo-a até a sua morte em 1979; 

  • Benemérito do Lar Dona Mariquinha do Amaral, órgão de amparo às crianças desamparadas; 

  • Pelo folclore conservou uma das mais antigas instituições: a Congada de São Sebastião que em todas as datas comemorativas, cívicas e religiosas, realiza desfiles e embaixadas pelas ruas da cidade e revivem uma tradição da época do Império; 

  • Estimulou o cinema na cidade do qual foi um de seus fundadores. 

Amigo de tudo o que se referia a Atibaia, prestou valiosa colaboração para a criação do Museu Municipal João Batista Conti, no qual o seu retrato enobrece a galeria dos políticos locais. 

Envolvido com os problemas de educação, interferiu na doação de terrenos para que neles fossem construídos os seguintes colégios: 

  • Escola Estadual Major Juvenal Alvim; 

  • Escola de Comércio Gertrudes Pires Alvim. 

De se destacar, entre outras, as homenagens que recebeu em vida; 

  • Comenda da Ordem do mérito Rural; 

  • Comenda da Sociedade Geográfica Brasileira; 

  • Medalha de Honra pelos relevantes serviços prestados à comunidade, oferecida pelo Lions Clube, na gestão do Sr. Edson Danillo Dotto; 

  • Placa de Prata de Irmão Benemérito da Santa Casa de Misericórdia de Atibaia. 

Aos vinte e quatro de dezembro de 1979, José Pires Alvim, o estimado e querido Zezico, falece em Atibaia, terra que tanto amou e, como poucos, soube enobrecer. Deixou quatro filhos e treze netos. 

Várias homenagens foram prestadas em sua memória, destacando-se a estátua erigida no canteiro central da praça Guilherme Gonçalves e designado patrono da Escola Municipal localizada na Rua Emídio Fazzio, no Bairro de Alvinópolis.

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